sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A Invenção de Hugo Cabret - Brian Selznick

Brian Selznick


"Quero que você se imagine sentado no escuro, como no início de um filme. Na tela, o sol logo vai nascer e você será levado em zoom até uma estação de trem no meio da cidade. Atravessará correndo as portas de um saguão lotado. Vai avistar um menino no meio da multidão e ele começará a se mover pela estação. Siga-o, porque este é Hugo Cabret. Esta cheio de segredos na cabeça, esperando que a sua história comece."


Depois da morte dos pais num incêndio, Hugo Cabret passa a ficar sob os cuidados de seu tio bêbado, que um dia sai, e nunca mais volta. Órfão, Hugo cuida dos relógios da central de trem em Paris e vive secretamente entre passagens escondidas da estação por medo do orfanato. Tinha consigo uma única companhia: seu caderno. Onde guardava o fato de ser louco por arte e engrenagens, como seu pai, que antes de morrer projetou um autômato, como uma caixa de música, ou brinquedo de corda, só que um tanto mais complexo. Empenhado e sem dinheiro, Hugo começa a furtar uma loja de brinquedos, onde é pego pelo dono que toma seu caderno. Para recuperá-lo, o menino conta com a ajuda de Isabelle, a intrometida afilhada do velho rabugento e na busca, acabam por descobrir enigmas e segredos inimagináveis, viajam por quadrinhos e cinema vivendo a aventura de suas vidas. 

É o tipo de história sobre sonhos que nos faz viajar, nos prende da pequena introdução ao último ponto final, passando por páginas de narração simples mas precisa, de personagens bem descritos com características únicas e ilustrações como se fossem as de Hugo Cabret, ajudando a imaginar seu vasto universo. Ele tem um olhar diferente do mundo e dos fatos, algo mágico. Talvez um olhar que todos tenhamos tido algum dia, mas que se perdeu no tempo com a sobreposição de nossos problemas e nossa correria em nos limitar cada vez mais quanto aos nossos sonhos. Limite esse, que ao fim do livro, descobrimos que não é difícil destruir em nosso cotidiano, já que curiosamente, a história de um dos personagens principais é real: a de George Méliès, um dos percursores do cinema. 

É um dos livros que me faz lembrar porque eu gosto de ler. Como qualquer imaginador e aventureiro que se preze, nossos protagonistas tem boas referências e ótimas lembranças com bons livros que os ajudam a escrever a própria historia. 



Não chega aos pés da sensação primorosa de imaginar tal narração, mas uma ótima opção, é a versão em filme; que apesar demorar um pouco pra "engatar", é fantástica. Visa bastante os detalhes nos cenários e valoriza muito pequenas coisas que dão uma grande diferença, como olhares entre os personagens.

Pra não me alongar mais, deixo a frase de George Mèliés: "Venham e sonhem comigo".

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Percy Jackson e os Olimpianos - O Ladrão de Raios - Rick Riordan


PercyJackson e o Ladrão de Raios
                                    Rick Riordan, 2010

  Hoje vou lhes indicar um livro excepcional, “Percy Jackson e o Ladrão de raios”, um livro que narra em primeira pessoa a história de um garoto que estudava na Academia Yancy onde conheceu seu melhor amigo, Grover. Certo dia em uma excursão da academia, Percy descobre que é um meio-sangue (filho de um deus com um humano), e a partir dai começa sua aventura.  Ao decorrer da historia acontecem vários fatos, se não todos, que te envolvem completamente e te deixam pensativo o dia todo, ansioso pelo próximo capítulo.

  Como este foi meu segundo livro (que li por vontade própria) achei que seria mais um livro comum e tedioso, mas quando chegou em uma parte em que Percy luta contra sua professora, Sra. Dodds, com uma espada de bronze que antes era uma caneta percebi que já estava em outro mundo, lutando juntamente com ele.

  Após Percy chegar ao Acampamento Meio Sangue lhe é concedido uma missão: encontrar o Ladrão do raio mestre de Zeus. O interessante deste livro é que as coisas acontecem no momento certo, não tem muito suspense e nem se desenvolve muito rápido, o que o torna encantador!

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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tristão e Isolda - Hanna Closs

Ótima pedida pra quem gosta de romances turbulentos e amoras (sim, amoras!), Tristão e Isolda é uma lenda medieval celta, de origem desconhecida e passada de geração em geração a partir de meados do século XII.

Eu o conheci a alguns anos, no colégio, por um trecho num livro de português. Guardei em minhas memórias e a mais ou menos um mês me veio à tona e tive que lê-lo. Não me arrependi.

Sua carne é feita da terra de onde os soldados pisaram, lutaram e morreram. Órfão, Tristão cresce sob os cuidados de seu tio e torna-se um cavaleiro da távola redonda, um dos fiéis do Rei Arthur. Fere-se gravemente após vencer o gigante Marholt e sua única saída para sobreviver, é a rainha da Irlanda, grande e antiga inimiga de sua família, que carrega consigo poderes curativos. Ele se disfarça de músico, e na tentativa de se aproximar da rainha, torna-se professor de música de Isolda, a Loura. Começa então, uma série de eventos como fugas, lutas em meio a presente guerra, com direito a aventura, magia e mitologia, demasiado instigante!  Afirmo de antemão: reza a lenda sobre a origem das amoreiras e o motivo do sabor do caldo arroxeado das amoras, vistas ao longo da trama.

Bastaram-me três páginas, e eu já havia esquecido o mundo a minha volta. Me chamou atenção o fato herói, o mocinho, ser também culpado por sua trajetória árdua, me fazendo refletir o quanto somos vilões de nós mesmos.

Talvez pareça insano, mas enquanto eu lia, me via dentro de um grande jogo de RPG, com cavaleiros de armadura, armas, cavalos e monstros a combater, além de não ter como não imaginar a trajetória de Tristão com uma trilha sonora impecavelmente heroica.


Por ser tão envolvente, o guerreiro sonhador tem inspirado artistas de várias épocas, tendo várias versões para todos os tipos e faixas de idade do leitor, inclusive as versões  das autoras brasileiras Helena Gomes, e,  Loreana Valentini com o título “Tristão, cavaleiro de Arthur”. Já foi para as telas em alguns filmes, tendo o mais recente em 2006. É contemplado com frequência nos teatros, além de existirem rumores sobre “Romeu e Julieta” e “Lancelote” terem sido originados a partir do conceito de Tristão e Isolda.

sábado, 3 de novembro de 2012

Eragon - Christopher Paolini

     Eragon - A Herança
                 Christopher Paolini, 2003
                                        Editora Rocco

   Um dos primeiros livros de ficção/fantasia que li, até então não viajava em mundos estranhos de outras mentes. Aos poucos tomei gosto, e hoje é improvável passar um mês sem ler no mínimo um ou dois livros, independentes de gêneros.
   Em minha opinião Eragon, o primeiro livro do ciclo "Herança" é o melhor dos quatros, pois os fatos acontecem sem muita enrolação e não possui tantos detalhes desnecessários quantos os demais.

   O livro começa contando sobre uma elfa que fora encurralada e capturada por um Espectro e alguns Urgals, fato que o leitor só entenderá no decorrer da leitura, o que acaba aguçando a curiosidade e aumentando a expectativa do leitor.
   Tudo começa quando Eragon, um garoto de 15 anos se depara com uma pedra azul enquanto caçava em uma floresta conhecida por 'Espinha'. Não sabendo que a pedra se tratava de um ovo, acredita poder ajudar a família trocando a pedra por comida, o que não acontece. E quando menos se espera o ovo eclode no quarto de Eragon interrompendo seu descanso e de dentro do ovo surge um filhote de dragão azul, que Eragon nomeia de Saphira, um dragão do sexo feminino, e com um simples toque se tornam um, Cavaleiro e Dragão.
   Mal sabiam eles o destino que os aguardavam...

"O vento uiva pela noite trazendo consigo um aroma capaz de mudar o mundo"

sábado, 20 de outubro de 2012

Querido John - Nicholas Sparks


"Eu poderia falar de muitos livros, mas esse, em especial, eu acredito que tem a mensagem mais profunda e geral que um livro poderia passar. Quando começamos a ler, esperamos uma mera história de amor com final feliz. Nem imaginamos a carga de realidade que ele pode nos oferecer."

 

   O livro ‘Querido John’ conta a história de um rapaz, jovem, que não sabia muito que rumo teria sua vida. Ele servia ao exército dos EUA e vivia para isso. Em algumas de suas folgas,  visitava seu pai e em outras simplesmente ficava no campo de batalha. Em uma dessas visitas, conheceu a garota que o fez começar a mudar um pouco seus ideais. Em um primeiro momento ele não se deu conta da reviravolta que essa garota causaria em sua vida, mas a partir de um segundo encontro ele percebeu que sua vida já não seria a mesma.
   Apesar de não poder deixar o exército por ter que cumprir o tempo que se alistou, em suas folgas passou a sempre ir para casa de seu pai ou para a cidade da garota. Conheceu os pais dela, vivia seu cotidiano e experiências que marcaram a vida de ambos. No tempo que estava longe, trocavam cartas e ele começou a escrever mais ao seu pai. Mas com o tempo, as cartas de amor entre eles contando como estavam as coisas começaram a ficar mais escassas.
   Assim que seus anos no exército acabaram, ele teria a escolha: voltar para casa e viver com seu grande amor ou se alistar por mais alguns anos no exército. Essa escolha foi influenciada por uma carta, escrita pela garota. As palavras utilizadas foram fortes, o suficiente para mudar mais uma vez o rumo da vida do rapaz. 

   Esse livro foi capaz de mudar minha vida. Assim que o acabei de ler, sentia uma angustia, mas não sabia explicar o motivo. Eu fiquei pensando nessa história algum tempo depois de terminá-la, tentando encontrar razões para tamanho sentimentalismo que me envolveu.  Hoje já descobri o que me aconteceu e sei que essa leitura me ajudou a me entender um pouco mais.
   Por isso, sem dúvidas, eu recomendo o livro ‘Querido John’ a quem deseja um livro que ajude a se descobrir, a entender um pouco mais que a vida pode ser leve, apesar dos desafios. Tudo o que nos acontece nos faz crescer, nos amadurece e nos permite aceitar escolhas para sermos e fazermos quem amamos felizes.


Sinopse e comentários por Giovana Gimenez

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Por que ler Gibis, H.Qs ou mangás?

 Pernalonga
   Aqui postei ilustrações dos primeiros Gibis e/ou H.Q.s que fizeram parte do início da minha vida de leitora. Claro que tem muito mais e podem esperar, postarei várias idéias desse mundo não só da minha época, mas muitos outros que hoje se transformaram, se remodelaram pelos próprios criadores e viraram filmes e séries de TV. 
Turma da Mônica
Turma da Mônica
 Primeiros Gibis da Mônica
Turma da Mônica para aprender
Pernalonga 
                                             
                                                                                                            
                                                                                                                       
                                                           
Cebolinha e Mônica adolescentes
   Eu tive uma ideia esses dias, cheguei a postar, acabei apagando, mas depois vi que era legal.

   Você que não curte muito ler, bem achei estranho dizer isso, pois quem entra aqui a maioria gosta de ler. Enfim, isso pode ser passado aos amigos. 

   Eu me lembrei que a primeira vez que li algo não foi um livro e sim um gibi, e do Pernalonga, era o que tinha na época. Eu tinha acabado de conseguir ler sozinha as primeiras palavras, uma frase inteira, no caso o balãozinho da fala do Pernalonga, esse coelho tão famoso e abusado.

Turma do Pernalonga
   Fiquei tão feliz e fui correndo contar pra minha mãe, nunca me esqueço. E isso pode ter sido o começo, o impulso inicial do gosto pela leitura. Meu pai só lia Gibi pra mim e meus irmãos, quase sempre os da Turma da Mônica, sou apaixonada até hoje por eles, aprendi a desenhar, observando os traços do Maurício de Souza. Enfim, um Gibi, uma HQ, um Mangá, podem fazer muito bem pra quem não gosta muito de ler, pois aos poucos você se interessa, primeiro por um livro ilustrado, depois um com menos ilustrações, depois um que foi base de um filme, e aí de repente você quer ler de tudo. 

   Não tenha vergonha de não gostar muito de ler ou não ter facilidade de ler rápido, pegue aos poucos, pode ir pela capa, não tem problema, se o conteúdo for ruim troque, leia a entre capa e o resumo da história, de repente, ela fala coisas com as quais se identifica e por aí vai.

   Tenho certeza que não importa como vai começar, o que importa é que pegue gosto, pois ler deve ser antes de tudo um prazer, depois se torna fácil para se tornar algo imprescindível na sua vida.


  Abraços!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A Fada que Tinha Ideias - Fernanda Lopes de Almeida

 

   Lançamos uma enquete na page do facebook, Leituras Cativantes para ter uma ideia do que nossos amigos, colegas e seguidores tiveram com a primeira experiência com a leitura, tendo sido ela , boa ou ruim, inesquecível e apaixonante, entediante, obrigatória, aleatória, enfim, apenas como curiosidade e como oportunidade de trocar ideias sobre livros lidos e a experiência da primeira vez com um livro, afinal tudo tem sua primeira vez não é?

   Eu dei minha contribuição falando sobre um livro infantil , afinal eu era bem criança e já curtia muito ler.O livro que me lembrei, posso até estar errada, pois lia muito, foi "A fada que tinha ideias", e foi uma experiência marcante, não sei porque, talvez pelo fato de as crianças terem uma facilidade enorme de memorizar as coisas que gostam e como eu tinha recém aprendido a ler, foi muito gratificante.


A Fada que Tinha Ideias
Fernanda Lopes de Almeida
Edú (Ilustrador)
Editora Ática


A fada que tinha ideias apresenta a divertida história da pequena Clara Luz, uma fada que se nega a aprender pelo antiquado livro das fadas, porque quer inventar suas próprias mágicas. Sua teoria para explicar o mundo é quando alguém inventa alguma coisa, o mundo anda. Quando ninguém inventa nada, o mundo fica parado. É por isso que Clara Luz não para de ter ideias mirabolantes faz bolinhos de luz, cria a chuva colorida, inventa a brincadeira de modelagem de nuvens e escorrega no arco-íris com sua professora de 'horizontologia'. Em sua incessante luta contra as idéias e mágicas emboloradas, ela conquista o cargo de conselheira do palácio das fadas. Clara luz é irreverente, sem saber que o é, acha normal inventar, criar, questionar, encontrar novos ângulos para ver o já visto.



   Faço até um adendo, não só compartilhando minha primeira vez com um livro como também indico o livro e a autora, que já são um pouco antigos, afinal deve ser mais ou menos dos anos 80, encontrarão em sites de vendas ou em livrarias, não acho difícil, pois foi um livro de sucesso, de uma autora super consagrada e atuante na linguagem infantil, aos pais de crianças até 10 anos mais ou menos, claro dependendo da cada uma.

   Eu me identifiquei com a personagem, afinal sempre fui super metida a querer fazer coisas diferentes e mudar o mundo, pra melhor claro, deixando ele mais bonito e criativo, hehe!
   Se quiser participar sinta-se a vontade, conte sobre seu primeiro livro e como foi a experiência em lê-lo.

Fernanda Lopes de Almeida   
   Pra finalizar, fiz uma pequena pesquisa sobre a autora e descobri que ela prefere não aparecer, mas que suas histórias apareçam, agrada a crianças, jovens e adultos. 
   Querem saber eu vou ler o meu primeiro livro de novo, ai que delícia, voltar à infância!
   Para quem se interessar há uma entrevista com a autora, que pode ser acessado clicando aqui!




Não resisti e postei fotos de outros livros e do rosto simpático da autora.




sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Porque o gosto não basta?

   Olá leitores, apreciadores, ou curiosos e afins... eu faço uma pergunta agora para tentar explicar porque gosto é gosto e não se discute? Ou porque gosto é gosto e podemos discutir respeitando o de cada um?

   Poderão se perguntar o motivo da minha pergunta. Simples, pensamos que leitura e livros dependem apenas do gosto. E não devíamos discutir, mas se não podemos discutir então como podemos criar um blog e indicar leituras se não vão agradar à todos e até chatear alguns?

   Bem os críticos existem pra isso e geralmente são considerados chatos. Mas, o que seria de nós se não houvesse crítica? Como teríamos vontade de ler se não tivéssemos indicações de amigos, colegas, professores, pais e mestres? No momento em que estamos esperando uma dica estamos já prontos a ouvir a interpretação e análise de um leitor que não sou eu. E cada pessoa tem o direito de interpretar, analisar e criticar qualquer coisa de acordo com sua opinião e o gosto acabará se misturando nessa descrição. E se tornará uma crítica positiva ou negativa.

   Um crítico literário ou de arte, no mínimo deve estar ao par, da dita obra, ou seja, ter lido a obra ou presenciado, no caso das obras de arte, como a música, a dança, o teatro, o cinema, a fotografia e as artes visuais.

   Pra ficar mais fácil explicar, vou exemplificar comparando a arte de fotografar com a arte literária, ou seja, o livro "em pessoa" (gostaram dessa comparação né? Livro e pessoa, rs!).

   Escolho a fotografia, pois é algo que a grande maioria hoje em dia faz: fotografa. E fotografa tudo, virou uma febre fotografar, imagino que deva ser pelo fácil acesso às câmeras, dentro dos celulares, das câmeras digitais, da grande oferta e demanda desses aparelhos. O aumento do acesso à comunicação pelos computadores, celulares, e tablets com acesso a INTERNET e o aumento de redes sociais partilhando de tudo, principalmente fotos, ajudou a aumentar o número de fotógrafos tanto amadores quanto profissionais.

   Bem, no entanto, o foco não é o motivo de vermos e tirarmos tanta foto, o foco aqui é explicar sobre como e porque o gosto influencia sua leitura ou não e se devemos deixar que isso, ocorra.

   O gosto de cada um é pré-definido pela sua cultura. E como sabemos qual é nossa cultura, diante de um cenário tão vasto de regiões, de guetos, de grupos, de estilos, etc.? (Dentro do país e até mesmo do estado e da cidade, principalmente uma cidade como a nossa, já não mais uma metrópole e sim uma megalópole.)

   Com certeza, teremos infinidades de gostos, conseqüência da infinidade de culturas. Concentrando-nos em nossa cidade de São Paulo, nossa "Sampa", sabemos que em cada bairro habitam e coabitam famílias de origens tanto de vários lugares do próprio Brasil, como de outros países. Nossas origens são extremamente variadas, pois fomos colonizados e recebemos pessoas do mundo e do Brasil todo, as pessoas foram se misturando. Até por isso, não devia haver preconceito de raça e etnia aqui... pena que sabemos que tem e muito, mas tem no mundo todo.

   E aí eu chego mais perto do que quero falar, se somos todos misturados ou não e temos culturas tão diversas, obviamente teremos muitas diferenças de gosto, concordam? A fotografia exemplifica melhor até o ‘facebook’ um das redes sociais atuais mais usadas, mostra isso. Os perfis de cada pessoa mostram claramente que tipo de fotografia cada um gosta mais, daí posso comparar com a música, que também depende do gosto de cada um. E daí eu digo, com os livros não é diferente. Seu gosto vem da cultura que você tem aprendido em casa, e claro que quanto mais adulto, mais você tem poder e mentalidade pra mudar e escolher, mas tudo começa em casa, na TV e agora na INTERNET.

   Agora vem o ponto crucial e espero finalizar pra não alongar. Infelizmente, tenho uma péssima notícia e espero que isso não te desanime, pelo contrário, faça você buscar cada vez mais o seu tipo de leitura, o seu escritor favorito, seu estilo e trama, suas histórias favoritas e principalmente que você descubra os livros da sua vida. Só o gosto não pode dominar a qualidade das artes, da música, da dança, do teatro, da fotografia, das artes visuais e tecnológicas, do cinema e muito menos da literatura. ( Ele não precisa ser eliminado, apenas rebuscado, desenvolvido, melhorando na sua qualidade).

   Digo infelizmente, pois, começamos a ler pelo gosto. Eu espero que você que tem dificuldades, comece a ler pelo gosto, pois senão irá odiar ler, mas com o tempo vai entender, que se ampliar o universo e melhorar a qualidade de sua cultura, vai melhorar a qualidade de sua leitura. Quando eu digo qualidade, eu digo que nas artes todas, as quais citei e a literatura super incluída, precisamos procurar o máximo de qualidade... porque nosso conhecimento deve se aproximar das verdades. Claro, você vai dizer, mas se devo respeitar minha cultura, pois minha cultura é minha verdade, porque irei mudar? Vai mudar porque vai ampliar seu mundo, vai conhecer muitas coisas que não havia conhecido e isso trará qualidade de vida também.

   Eu sei que pode parecer meio subjetivo, não foi a intenção, mas eu tentei explicar que não basta a cultura que aprendemos dentro de casa, na vizinhança, na escola, é preciso avançar, ampliar pelos teatros, pelos cinemas, museus, exposições, cursos, parques, lugares desconhecidos, pessoas diferentes de nossa família, de nosso círculo comum e ampliar principalmente com os especialistas das áreas que queremos conhecer. Se no início você prefere tal autor, um estilo clássico, talvez, com o estudo, com a prática e depois de alguns livros mude para outro estilo, por exemplo, poesia, e mude de autor e com aquele, livro, venha a informação de outro ligado a ele, etc.

   Enfim, no fundo eu quis dizer que gostamos de uma coisa, mas podemos aprender  a apreciar coisas diferentes, sem peconceito. O maior perigo e o que mais tentei evitar foi isso cair nessa palavrinha chata: preconceito, pois não sou crítica então, não estou aqui pra falar mal ou bem de um livro, mas obviamente na maioria vamos falar bem, pois indicaremos livros que lemos e que nos cativaram, mas eu tentarei indicar como educadora, livros que sevem para todo tipo de gosto e cultura à todos aqueles que querem não só aprender a gostar de ler, como aqueles que querem conseguir ampliar sua visão de leitores, encontrarem novas “Leituras Cativantes”.

   Espero ter um pouquinho desse poder e se eu conseguir alcançar uma pessoa, meu objetivo estará conquistado.

   Boa leitura à todos... ALWAYS!!!


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

   O Pequeno Príncipe
          Antoine de Saint-Exupéry, 1943
                                       Editora Agir

   De antigo só tem a data de lançamento, pois ainda hoje é apreciado por diversos leitores de todas as idades inclusive eu. Um livro para crianças? Sim, mas para as crianças que já cresceram também.  A leitura desse livro é genuinamente cativante e quando digo que é genuinamente, é Cativante.

   Lendo-o me fascinei quando deparei com a definição de Exupéry da palavra "cativar". Realmente, nem toda palavra é aquilo que encontramos no dicionário.

- Que quer dizer Cativar?
- É algo quase sempre esquecido. Significa criar laços.
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

   O Pequeno Príncipe é uma obra literária do escritor francês Saint-Exupery, obra da qual possui um grande teor poético e filosófico, suas palavras possuem conotações mais profundas, que não poderão ser notadas em uma simples leitura. Esta obra pode ser considerada como Fábula ou Parábola e é a terceira mais traduzida no mundo, publicada em mais de 150 línguas.

   Perdido e sem recursos no deserto do Saara após a queda de seu avião causada por uma pane, o piloto/narrador acorda no dia seguinte por um garotinho de cabelos dourados pedindo que lhe desenhe um carneiro, porém o narrador desenha a única coisa que aprendera na infância, um elefante engolido por uma jiboia, desenho que usava regularmente para testar a faculdade intelectual das pessoas, que insistiam em que seu desenho se tratava de um chapéu. Insatisfeito o principezinho insiste para que desenhe um carneiro e não um elefante engolido por uma jiboia, e sem obter respostas do pequeno príncipe o piloto faz seus desenhos até que o pequenino contente-se. E deste modo o narrador permuta conhecimentos com o pequeno príncipe, descobre que na verdade ele veio de um asteroide chamado B-612, visto pelo telescópio uma única vez, em 1909, por um astrônomo turco. E no decorrer dessa fabulosa aventura o pequeno príncipe e o piloto se interagem de uma forma comovente, cativando cada leitor.

Nunca é tarde para suscitar a criança dentro de nós! :)
Jogo da Memória - O Pequeno Príncipe

domingo, 9 de setembro de 2012

Marley e Eu: A Vida e o Amor ao Lado do Pior Cão do Mundo - John Grogan

            Marley e Eu

  John Grogan, 2005

             Editora Ediouro


   Marley e Eu, um dos primeiros livros que li logo após criar meu plano anual de leitura em 2009, um livro cativante para quem gosta de cachorros escrito pelo jornalista norte-americano John Grogan que conta a história divertida e comovente ao lado de seu melhor amigo através de sua autobiografia.


   O livro começa contando sobre os dias de paixão de John e Jenny, suas respectivas vidas e seu lar, até o dia em que resolvem ter um bebê, e Jenny para desenvolver seu dotes maternais juntamente com John decide ter um cachorro. Escolhem Marley por aparentar sua mãe, Lily, doce e meiga, e se encantam, isso até tomarem ciência de quem seria o pai de Marley.


   Sem perceberem o tempo passa, e Marley cresce e toca o terror em sua vizinhança, e até expulso das aulas de adestramento Marley é por ridicularizar sua treinadora. Mas apesar de todas suas travessuras, Marley era um bom cão, leal e compreensivo quando se tratava de assuntos de família, cão que conquistou o coração de milhares de pessoas. 


"Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre,  inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?"


Leia um trecho do livro.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Jogos Vorazes - Suzanne Collins


Jogos Vorazes

  Suzanne Collins, 2010 

             Editora Rocco.


    Jogos Vorazes, um livro que fez um sucesso repentino após Crepúsculo. Que fez com que os leitores dos livros de Stephenie Meyer migrassem para os de Suzanne, o que por sinal me deixa muito feliz. Um livro emocionante, apaixonante. Um livro que te deixa pensativo, na ansiedade de descobrir qual será o próximo a perecer, o próximo a matar.

     A História deste livro acontece em Panem, antiga América do norte que está dividida em 12 distritos e uma Capital. A protagonista desse livro é Katniss Everdeen que mora na costura, uma região pobre do distrito 12, ela mora com sua mãe e irmã. Katniss é a “Chefe da Família”, pois seu pai morreu há muito tempo, e sua família sobrevive através de suas “caças proibidas” com Gale. 

    Anualmente acontece um Reality Show chamado “Jogos Vorazes” que funciona da seguinte forma: Um garoto e uma garota de todos os distritos são escolhidos para treinar e ir a uma arena onde irão lutar até que reste apenas um “Tributo” vivo. E neste ano o nome de sua irmã Primrose estará embaralhado junto aos nomes dos outros adolescentes do distrito. O dia da colheita é chegado e o nome de sua irmã é escolhido, então Katniss resolve se voluntariar para ir em seu lugar. 

    E após muito treinamento os Jogos Vorazes começam, a todo vapor eles vão a uma arena e a matança logo tem início. Você não pode perder este livro eletrizante e fantástico. 

  Em minha opinião este livro foi muito bem pensado e escrito, é uma fascinante leitura. O ritmo do livro é excelente, com um suspense que te prende do começo ao fim. Recomendo o livro à todos, que assim como eu, queiram um bom livro para começar a ler. Após a leitura deste livro, espero que se habituem à leitura e anseiem por mais!


Leia um trecho do livro
Leia a entrevista com a autora

O Que Ninguém Pode Tirar de Você!

    Para início de conversa sobre livros, leituras e amores pelo mundo dos escritores, poetas e criadores de histórias apenas quero apresentar a dica mais valiosa da importância de aprender a gostar de ler. Tudo que você possui hoje, agora, poderá perder, não só coisas materiais, mas emoções. Claro que tudo isso pode voltar e ser recuperado, mas existe algo que jamais irá perder ou ser roubado.

    O livro que você leu ou ler transformará-se em ideias, criações de imagens, influência, aprendizado, conhecimento, viagem à lugares na mente, enfim, concluindo em sabedoria. Sim, tudo que você conseguir ler com paixão e interesse jamais sairá de sua memória a não ser que sofra alguma lesão... Mas não estamos contando com isso.
    Quis apenas dizer que ler vale muito mais do que comprar mil coisas em um shopping... Que terão fim por gasto ou até roubo.

    Leia, e se não gosta, aprenda a gostar, postarei em breve dicas de como apreciar a leitura... Não haverá arrependimentos. Ganhar sabedoria é eterno e não tem preço!

Luciana