sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Porque o gosto não basta?

   Olá leitores, apreciadores, ou curiosos e afins... eu faço uma pergunta agora para tentar explicar porque gosto é gosto e não se discute? Ou porque gosto é gosto e podemos discutir respeitando o de cada um?

   Poderão se perguntar o motivo da minha pergunta. Simples, pensamos que leitura e livros dependem apenas do gosto. E não devíamos discutir, mas se não podemos discutir então como podemos criar um blog e indicar leituras se não vão agradar à todos e até chatear alguns?

   Bem os críticos existem pra isso e geralmente são considerados chatos. Mas, o que seria de nós se não houvesse crítica? Como teríamos vontade de ler se não tivéssemos indicações de amigos, colegas, professores, pais e mestres? No momento em que estamos esperando uma dica estamos já prontos a ouvir a interpretação e análise de um leitor que não sou eu. E cada pessoa tem o direito de interpretar, analisar e criticar qualquer coisa de acordo com sua opinião e o gosto acabará se misturando nessa descrição. E se tornará uma crítica positiva ou negativa.

   Um crítico literário ou de arte, no mínimo deve estar ao par, da dita obra, ou seja, ter lido a obra ou presenciado, no caso das obras de arte, como a música, a dança, o teatro, o cinema, a fotografia e as artes visuais.

   Pra ficar mais fácil explicar, vou exemplificar comparando a arte de fotografar com a arte literária, ou seja, o livro "em pessoa" (gostaram dessa comparação né? Livro e pessoa, rs!).

   Escolho a fotografia, pois é algo que a grande maioria hoje em dia faz: fotografa. E fotografa tudo, virou uma febre fotografar, imagino que deva ser pelo fácil acesso às câmeras, dentro dos celulares, das câmeras digitais, da grande oferta e demanda desses aparelhos. O aumento do acesso à comunicação pelos computadores, celulares, e tablets com acesso a INTERNET e o aumento de redes sociais partilhando de tudo, principalmente fotos, ajudou a aumentar o número de fotógrafos tanto amadores quanto profissionais.

   Bem, no entanto, o foco não é o motivo de vermos e tirarmos tanta foto, o foco aqui é explicar sobre como e porque o gosto influencia sua leitura ou não e se devemos deixar que isso, ocorra.

   O gosto de cada um é pré-definido pela sua cultura. E como sabemos qual é nossa cultura, diante de um cenário tão vasto de regiões, de guetos, de grupos, de estilos, etc.? (Dentro do país e até mesmo do estado e da cidade, principalmente uma cidade como a nossa, já não mais uma metrópole e sim uma megalópole.)

   Com certeza, teremos infinidades de gostos, conseqüência da infinidade de culturas. Concentrando-nos em nossa cidade de São Paulo, nossa "Sampa", sabemos que em cada bairro habitam e coabitam famílias de origens tanto de vários lugares do próprio Brasil, como de outros países. Nossas origens são extremamente variadas, pois fomos colonizados e recebemos pessoas do mundo e do Brasil todo, as pessoas foram se misturando. Até por isso, não devia haver preconceito de raça e etnia aqui... pena que sabemos que tem e muito, mas tem no mundo todo.

   E aí eu chego mais perto do que quero falar, se somos todos misturados ou não e temos culturas tão diversas, obviamente teremos muitas diferenças de gosto, concordam? A fotografia exemplifica melhor até o ‘facebook’ um das redes sociais atuais mais usadas, mostra isso. Os perfis de cada pessoa mostram claramente que tipo de fotografia cada um gosta mais, daí posso comparar com a música, que também depende do gosto de cada um. E daí eu digo, com os livros não é diferente. Seu gosto vem da cultura que você tem aprendido em casa, e claro que quanto mais adulto, mais você tem poder e mentalidade pra mudar e escolher, mas tudo começa em casa, na TV e agora na INTERNET.

   Agora vem o ponto crucial e espero finalizar pra não alongar. Infelizmente, tenho uma péssima notícia e espero que isso não te desanime, pelo contrário, faça você buscar cada vez mais o seu tipo de leitura, o seu escritor favorito, seu estilo e trama, suas histórias favoritas e principalmente que você descubra os livros da sua vida. Só o gosto não pode dominar a qualidade das artes, da música, da dança, do teatro, da fotografia, das artes visuais e tecnológicas, do cinema e muito menos da literatura. ( Ele não precisa ser eliminado, apenas rebuscado, desenvolvido, melhorando na sua qualidade).

   Digo infelizmente, pois, começamos a ler pelo gosto. Eu espero que você que tem dificuldades, comece a ler pelo gosto, pois senão irá odiar ler, mas com o tempo vai entender, que se ampliar o universo e melhorar a qualidade de sua cultura, vai melhorar a qualidade de sua leitura. Quando eu digo qualidade, eu digo que nas artes todas, as quais citei e a literatura super incluída, precisamos procurar o máximo de qualidade... porque nosso conhecimento deve se aproximar das verdades. Claro, você vai dizer, mas se devo respeitar minha cultura, pois minha cultura é minha verdade, porque irei mudar? Vai mudar porque vai ampliar seu mundo, vai conhecer muitas coisas que não havia conhecido e isso trará qualidade de vida também.

   Eu sei que pode parecer meio subjetivo, não foi a intenção, mas eu tentei explicar que não basta a cultura que aprendemos dentro de casa, na vizinhança, na escola, é preciso avançar, ampliar pelos teatros, pelos cinemas, museus, exposições, cursos, parques, lugares desconhecidos, pessoas diferentes de nossa família, de nosso círculo comum e ampliar principalmente com os especialistas das áreas que queremos conhecer. Se no início você prefere tal autor, um estilo clássico, talvez, com o estudo, com a prática e depois de alguns livros mude para outro estilo, por exemplo, poesia, e mude de autor e com aquele, livro, venha a informação de outro ligado a ele, etc.

   Enfim, no fundo eu quis dizer que gostamos de uma coisa, mas podemos aprender  a apreciar coisas diferentes, sem peconceito. O maior perigo e o que mais tentei evitar foi isso cair nessa palavrinha chata: preconceito, pois não sou crítica então, não estou aqui pra falar mal ou bem de um livro, mas obviamente na maioria vamos falar bem, pois indicaremos livros que lemos e que nos cativaram, mas eu tentarei indicar como educadora, livros que sevem para todo tipo de gosto e cultura à todos aqueles que querem não só aprender a gostar de ler, como aqueles que querem conseguir ampliar sua visão de leitores, encontrarem novas “Leituras Cativantes”.

   Espero ter um pouquinho desse poder e se eu conseguir alcançar uma pessoa, meu objetivo estará conquistado.

   Boa leitura à todos... ALWAYS!!!


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

   O Pequeno Príncipe
          Antoine de Saint-Exupéry, 1943
                                       Editora Agir

   De antigo só tem a data de lançamento, pois ainda hoje é apreciado por diversos leitores de todas as idades inclusive eu. Um livro para crianças? Sim, mas para as crianças que já cresceram também.  A leitura desse livro é genuinamente cativante e quando digo que é genuinamente, é Cativante.

   Lendo-o me fascinei quando deparei com a definição de Exupéry da palavra "cativar". Realmente, nem toda palavra é aquilo que encontramos no dicionário.

- Que quer dizer Cativar?
- É algo quase sempre esquecido. Significa criar laços.
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

   O Pequeno Príncipe é uma obra literária do escritor francês Saint-Exupery, obra da qual possui um grande teor poético e filosófico, suas palavras possuem conotações mais profundas, que não poderão ser notadas em uma simples leitura. Esta obra pode ser considerada como Fábula ou Parábola e é a terceira mais traduzida no mundo, publicada em mais de 150 línguas.

   Perdido e sem recursos no deserto do Saara após a queda de seu avião causada por uma pane, o piloto/narrador acorda no dia seguinte por um garotinho de cabelos dourados pedindo que lhe desenhe um carneiro, porém o narrador desenha a única coisa que aprendera na infância, um elefante engolido por uma jiboia, desenho que usava regularmente para testar a faculdade intelectual das pessoas, que insistiam em que seu desenho se tratava de um chapéu. Insatisfeito o principezinho insiste para que desenhe um carneiro e não um elefante engolido por uma jiboia, e sem obter respostas do pequeno príncipe o piloto faz seus desenhos até que o pequenino contente-se. E deste modo o narrador permuta conhecimentos com o pequeno príncipe, descobre que na verdade ele veio de um asteroide chamado B-612, visto pelo telescópio uma única vez, em 1909, por um astrônomo turco. E no decorrer dessa fabulosa aventura o pequeno príncipe e o piloto se interagem de uma forma comovente, cativando cada leitor.

Nunca é tarde para suscitar a criança dentro de nós! :)
Jogo da Memória - O Pequeno Príncipe

domingo, 9 de setembro de 2012

Marley e Eu: A Vida e o Amor ao Lado do Pior Cão do Mundo - John Grogan

            Marley e Eu

  John Grogan, 2005

             Editora Ediouro


   Marley e Eu, um dos primeiros livros que li logo após criar meu plano anual de leitura em 2009, um livro cativante para quem gosta de cachorros escrito pelo jornalista norte-americano John Grogan que conta a história divertida e comovente ao lado de seu melhor amigo através de sua autobiografia.


   O livro começa contando sobre os dias de paixão de John e Jenny, suas respectivas vidas e seu lar, até o dia em que resolvem ter um bebê, e Jenny para desenvolver seu dotes maternais juntamente com John decide ter um cachorro. Escolhem Marley por aparentar sua mãe, Lily, doce e meiga, e se encantam, isso até tomarem ciência de quem seria o pai de Marley.


   Sem perceberem o tempo passa, e Marley cresce e toca o terror em sua vizinhança, e até expulso das aulas de adestramento Marley é por ridicularizar sua treinadora. Mas apesar de todas suas travessuras, Marley era um bom cão, leal e compreensivo quando se tratava de assuntos de família, cão que conquistou o coração de milhares de pessoas. 


"Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre,  inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?"


Leia um trecho do livro.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Jogos Vorazes - Suzanne Collins


Jogos Vorazes

  Suzanne Collins, 2010 

             Editora Rocco.


    Jogos Vorazes, um livro que fez um sucesso repentino após Crepúsculo. Que fez com que os leitores dos livros de Stephenie Meyer migrassem para os de Suzanne, o que por sinal me deixa muito feliz. Um livro emocionante, apaixonante. Um livro que te deixa pensativo, na ansiedade de descobrir qual será o próximo a perecer, o próximo a matar.

     A História deste livro acontece em Panem, antiga América do norte que está dividida em 12 distritos e uma Capital. A protagonista desse livro é Katniss Everdeen que mora na costura, uma região pobre do distrito 12, ela mora com sua mãe e irmã. Katniss é a “Chefe da Família”, pois seu pai morreu há muito tempo, e sua família sobrevive através de suas “caças proibidas” com Gale. 

    Anualmente acontece um Reality Show chamado “Jogos Vorazes” que funciona da seguinte forma: Um garoto e uma garota de todos os distritos são escolhidos para treinar e ir a uma arena onde irão lutar até que reste apenas um “Tributo” vivo. E neste ano o nome de sua irmã Primrose estará embaralhado junto aos nomes dos outros adolescentes do distrito. O dia da colheita é chegado e o nome de sua irmã é escolhido, então Katniss resolve se voluntariar para ir em seu lugar. 

    E após muito treinamento os Jogos Vorazes começam, a todo vapor eles vão a uma arena e a matança logo tem início. Você não pode perder este livro eletrizante e fantástico. 

  Em minha opinião este livro foi muito bem pensado e escrito, é uma fascinante leitura. O ritmo do livro é excelente, com um suspense que te prende do começo ao fim. Recomendo o livro à todos, que assim como eu, queiram um bom livro para começar a ler. Após a leitura deste livro, espero que se habituem à leitura e anseiem por mais!


Leia um trecho do livro
Leia a entrevista com a autora

O Que Ninguém Pode Tirar de Você!

    Para início de conversa sobre livros, leituras e amores pelo mundo dos escritores, poetas e criadores de histórias apenas quero apresentar a dica mais valiosa da importância de aprender a gostar de ler. Tudo que você possui hoje, agora, poderá perder, não só coisas materiais, mas emoções. Claro que tudo isso pode voltar e ser recuperado, mas existe algo que jamais irá perder ou ser roubado.

    O livro que você leu ou ler transformará-se em ideias, criações de imagens, influência, aprendizado, conhecimento, viagem à lugares na mente, enfim, concluindo em sabedoria. Sim, tudo que você conseguir ler com paixão e interesse jamais sairá de sua memória a não ser que sofra alguma lesão... Mas não estamos contando com isso.
    Quis apenas dizer que ler vale muito mais do que comprar mil coisas em um shopping... Que terão fim por gasto ou até roubo.

    Leia, e se não gosta, aprenda a gostar, postarei em breve dicas de como apreciar a leitura... Não haverá arrependimentos. Ganhar sabedoria é eterno e não tem preço!

Luciana