quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

   O Pequeno Príncipe
          Antoine de Saint-Exupéry, 1943
                                       Editora Agir

   De antigo só tem a data de lançamento, pois ainda hoje é apreciado por diversos leitores de todas as idades inclusive eu. Um livro para crianças? Sim, mas para as crianças que já cresceram também.  A leitura desse livro é genuinamente cativante e quando digo que é genuinamente, é Cativante.

   Lendo-o me fascinei quando deparei com a definição de Exupéry da palavra "cativar". Realmente, nem toda palavra é aquilo que encontramos no dicionário.

- Que quer dizer Cativar?
- É algo quase sempre esquecido. Significa criar laços.
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

   O Pequeno Príncipe é uma obra literária do escritor francês Saint-Exupery, obra da qual possui um grande teor poético e filosófico, suas palavras possuem conotações mais profundas, que não poderão ser notadas em uma simples leitura. Esta obra pode ser considerada como Fábula ou Parábola e é a terceira mais traduzida no mundo, publicada em mais de 150 línguas.

   Perdido e sem recursos no deserto do Saara após a queda de seu avião causada por uma pane, o piloto/narrador acorda no dia seguinte por um garotinho de cabelos dourados pedindo que lhe desenhe um carneiro, porém o narrador desenha a única coisa que aprendera na infância, um elefante engolido por uma jiboia, desenho que usava regularmente para testar a faculdade intelectual das pessoas, que insistiam em que seu desenho se tratava de um chapéu. Insatisfeito o principezinho insiste para que desenhe um carneiro e não um elefante engolido por uma jiboia, e sem obter respostas do pequeno príncipe o piloto faz seus desenhos até que o pequenino contente-se. E deste modo o narrador permuta conhecimentos com o pequeno príncipe, descobre que na verdade ele veio de um asteroide chamado B-612, visto pelo telescópio uma única vez, em 1909, por um astrônomo turco. E no decorrer dessa fabulosa aventura o pequeno príncipe e o piloto se interagem de uma forma comovente, cativando cada leitor.

Nunca é tarde para suscitar a criança dentro de nós! :)
Jogo da Memória - O Pequeno Príncipe

4 comentários:

  1. Gostei da Definição: Cativar.
    São poucas coisas e pessoas que nos cativam, mas quando acontece é eterno.
    Parabéns pelo texto, mto bom!

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    1. É verdade!
      É de certa forma eterno, pois uma vez cativado há uma real necessidade!
      Obrigado! :)

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  2. Livro propício para a imaginação e interpretação, tinha lido quando era mais nova, e conheci uma pessoa cativante - e quando digo CATIVANTE, me refiro a definição de cativante que o autor utiliza - que me recomendou uma nova leitura.
    Acredito que o livro seja para adultos e crianças, tem o sentido amplo e simplesmente filosófico.
    Logo depois da leitura assisti o filme, embora eu ache que o livro nos dá possibilidades extensas de flutuar, o filme é ótimo também!
    Enfim, ótima leitura e ótimo filme.
    O pequeno príncipe é genial *-*

    Parabéns pela resenha! :)

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    1. É ótimo que sejamos cativados por essa obra, é uma grande ideia para ser repercutida de diversas formas! :)
      O filme, apesar de ser antigo é ótimo, não há como não gostar, e olha que quando eu assisti no ensino médio em uma aula de filosofia não estava nem ai, rs.
      Obrigado pelo carinho! ;)

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